Ponta Grossa foi ocupada em fins do século XIX por imigrantes russos, alemães, poloneses, italianos, sírios, austríacos e portugueses, assistindo a um aumento das atividades comerciais, de varejo e atacadistas desenvolvidas, em grande maioria, por esses imigrantes.
A formação de Ponta Grossa como um centro comercial em localização estratégica pode ser percebida na arquitetura dos edifícios comerciais instalados naquele momento, como é o caso do edifício localizado na Rua Balduíno Taques, uma das principais ruas comerciais da cidade. Em alvenaria de tijolos com revestimentos decorativos, o prédio se destacava pelo pé-direito alto dos pavimentos e por sua ornamentação.
Fundado por Augusto Justus, o estabelecimento, do tipo empório, era exportador e importador, e trabalhava com ferragens em geral para a construção civil, sistemas de água e esgoto, louças e vidros, secos e molhados e vendia para estabelecimentos de outras cidades.
Em 1922 ficou pronto o suntuoso sobrado que Augusto havia mandado construir para a firma, depois de sete anos da aquisição do terreno, e a casa comercial funcionou no local ao menos até meados do século XX. O edifício permaneceu com a família, abrigando outros estabelecimentos até a entrada da Raia, e é reconhecido como patrimônio cultural da cidade, contribuindo para a memória da paisagem histórica e do comércio na área central de Ponta Grossa.