Em meados do século XIX, a produção de café na região do oeste paulista ganhou importância, com apoio da expansão da malha ferroviária. São desse período obras como a remodelação da Praça da Matriz, a Esplanada das Rosas, a construção do Clube Araraquarense e do Hotel Municipal.
Apesar da aprovação de um código de posturas em 1893, as crises sanitárias eram um problema a resolver do ponto de vista urbanístico. A primeira epidemia de febre-amarela, que ocorreu em 1895, gerou um esvaziamento da cidade e uma comissão sanitária foi formada para discutir propostas como a instalação de um sistema de abastecimento de água e de coleta de esgoto, a arborização dos logradouros e a melhoria dos espaços públicos. Houve a construção do Jardim Público, em 1899, da Santa Casa, em 1902 e da Beneficência Portuguesa em 1914, e não por acaso houve a abertura da farmácia de João Baptista Raia na cidade naquele momento.
Araraquara foi urbanizada a partir de uma malha viária ortogonal, reticulada, de ruas e avenidas numeradas. Ainda que tenham outros nomes, é muito comum os moradores referirem-se a elas pelo seu número. A duas quadras do antigo jardim público, hoje Praça da Independência, fica uma das farmácias Raia em Araraquara. A arquitetura do imóvel por ela ocupado é típica desse trecho da cidade na primeira metade do século XX. Eram antigas residências ou pequenos comércios, em construções de pequeno porte, térreas e no alinhamento, em sua maioria com porta e janela coroadas por platibandas decoradas cobrindo os telhados.