Pequeno município baiano, Serrinha se formou a partir de antigas propriedades rurais, tal como a fazenda de Bernardo da Silva, doador do terreno onde foi construída a capela que se tornaria a matriz da cidade, Igreja de Santanna. Os maiores proprietários de terra da região construíram casas no entorno da praça da igreja, e, no final do século XIX, esse pequeno assentamento já era um centro comercial e agropecuário. Em 1880, foi inaugurada uma estação ferroviária na então Vila de Nossa Senhora de Santanna de Serrinha, que ligava a região à capital, e a área entre o centro e a estação passou a se desenvolver nas décadas seguintes.
Hoje nomeada de Avenida Antonio Carlos Magalhães, a principal via que cruzava a cidade era a antiga rota de boiadeiros, chamada depois de Transnordestina. Serrinha cresceu tendo-a como eixo até 1964, quando foi feito um desvio da estrada e a principal ligação entre Serrinha e outras cidades passou a ser a BR-116 (Rio-Bahia). Com a nova rodovia, veio também a decadência do sistema ferroviário, que se manteve apenas para o transporte de cargas. O núcleo urbano deixou de ser o caminho principal, e muitas das antigas residências na área central, ao redor das duas praças, passaram a abrigar comércios ou serviços. Com os novos usos, esses casarões se mantiveram e hoje a região concentra a maior parte das construções preservadas da cidade. É o caso do imóvel ocupado pela Drogasil, que no início dos anos 1960 ainda era uma residência, com jardim de frente e dos lados.