O território urbanizado da cidade de Belém se expandiu para além dos limites da área do centro histórico no início da República, quando os largos e as praças passaram a receber novos projetos de urbanização, como aconteceu com o bairro de Batista Campos, consolidado desde 1840. Os arredores da Praça Batista Campos, conhecida como a mais bonita de Belém, já estavam integrados à região central em 1905, quando o intendente Antônio José Lemos, administrador da cidade, atento ao que se fazia na Europa, teria decidido transformar a área em bosque, com um projeto de caráter romântico, com lagos sinuosos, cascatas, pontes, com rochedos, grutas e passeios arborizados, além de coretos de ferro.
Atualmente, o entorno da praça, tombada desde 1983, conta com cerca de quarenta imóveis de interesse para preservação, ainda que se note uma paisagem heterogênea com a presença, ao lado de sobrados comerciais, de edifícios altos de apartamentos. Ocupada por uma farmácia Drogasil, a edificação histórica na esquina da Rua dos Mundurucus com a Travessa Padre Eutíquio, voltado para a Praça Batista Campos, tem preservadas suas características externas. O interior passou por adaptações e modernizações para o uso atual, inclusive por ampliação que incorporou lotes vizinhos e construções novas justapostas à edificação antiga, em harmonia no ambiente urbano tombado.